Já vimos que a segunda vinda de Cristo consiste de duas fases e que estas duas fases devem ser separadas por um período de tempo. O autor apresentou sua crença em que este período de tempo será o tempo da futura grande tribulação. Suas razões para esta crença aparecerão no curso deste capítulo. Deveremos estudar este período sob as seguintes epígrafes:
I. AS PASSAGENS QUE DESCREVEM ESTE PERÍODO
A primeira passagem que desejamos observar é Mat. 24:21,22 e reza como segue: “E haverá então grande tribulação, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tão pouco há de haver; e, se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria; mas por causa dos escolhidos serão abreviados aqueles dias”. Que estas palavras não podem ser totalmente referidas aos sofrimentos dos judeus ao tempo do sítio e destruição de Jerusalém por Tito, A. D. 70, está mostrado nos versos 29 a 31. Estes versos nos contam que imediatamente após a tribulação desses dias Cristo virá em poder e grande glória. Isto claramente se refere à segunda fase da vinda de Cristo. Nada do que atendeu ou resultou da destruição de Jerusalém pode satisfazer completamente a estes versos. Verdade é que, segundo o v. 34, a destruição de Jerusalém causou ou um cumprimento espiritual ou típico de tudo que está predito nesta parte do discurso. A destruição de Jerusalém vibrou o golpe mortal no judaísmo e marcou a vinda do reino de Deus com poder, como Jesus predissera (Mar.9:1; Mat. 16:28; Luc. 9:27). Foi isto um cumprimento espiritual de tudo quanto Cristo disse sobre Sua vinda neste capítulo. E o sítio de Jerusalém (A. D. 70) trouxe um cumprimento típico de tudo quanto Ele disse sobre Jerusalém neste capítulo. Mas o cumprimento literal daquilo que Cristo disse sobre Sua segunda vinda e o antítipo do cerco de Jerusalém ainda estão para vir. Nenhum crente na inspiração verbal pode achar na destruição de Jerusalém uma satisfação perfeita e completa da profecia deste capítulo. Sua referência final deve ser ao cerco final de Jerusalém na batalha de Armagedão (Apoc. 16:13-21; 19:11-21; Zac. 12:2-9; 14:1-7, 21-25 ), e a vinda pessoal e corporal do Senhor, como prometida em Atos 1:11.
Mas em Apoc. 6 a 19 cremos ter uma descrição muito mais extensa e pormenorizada deste período. Tomamos estes capítulos como descritivos deste período pelas duas razões seguintes:
1. COMO VIMOS NO ÚLTIMO CAPÍTULO, TEMOS NO CAPÍTULO SÉTIMO A SELAGEM DOS SERVOS DE DEUS NA TESTA E SOMENTE OS JUDEUS SÃO SELADOS
Isto mostra que todos os crentes gentios (e prévios crentes judaicos) foram arrebatados da terra e, portanto, que o rapto dos santos (que ocorrerá na primeira fase da vinda de Cristo – 1 Tess. 4:15-17) já teve logar. Então a segunda fase da vinda de Cristo está claramente retratada em Apoc. 19:11-12. Portanto, tomamos a seção mediante do livro como descrevendo o ínterim entre as duas fases da vinda de Cristo e relacionamos o capítulo seis com este período porque consideramos os cavaleiros dos quatro cavalos (6:2-8) os mesmos como os quatro anjos (7:13) cuja obra está restringida até depois da selagem dos servos de Deus.
2. ENTÃO EM APOC. 7:14 TEMOS UMA REFERÊNCIA AO PERÍODO DA GRANDE TRIBULAÇÃO COMO ESTANDO EM PROGRESSO.
Apoc. 7:14 reza: “Estes são os que saem da grande tribulação e lavaram os seus vestidos e os fizeram brancos no sangue do Cordeiro”. Estas palavras foram faladas da multidão inumerável do v. 9. O original aqui é muito enfático. Diz literalmente: “Estes são os que estão saindo de tribulação, a grande”. Não é só de tribulação em geral que se fala aqui: é uma tribulação definita e particular, a saber, a grande. O particípio presente neste verso, “estão saindo” mostra que a grande tribulação está em progresso. Assim assinamos esta seção do livro ao período da grande tribulação.
II. A DURAÇÃO DESTE PERÍODO
Nossa convicção é que este período será de sete anos em duração. Sustentamos esta convicção porque o tempo combinado de profetizar das duas testemunhas (Apoc. 11:3) e a carreira da besta (Apoc. 13:5) é, aproximadamente, de sete anos. Notai que as testemunhas devem profetizar por “mil duzentos e sessenta dias” (aproximadamente três anos e meio); então é para a besta levantar-se e matá-los (Apoc. 11:7) e continuar “quarenta e dois meses” (Apoc. 13:5). Nossa opinião é que as testemunhas principiarão a testificar logo depois do rapto e, desde que a besta deve ser destruída quando Cristo vier para julgar e guerrear (Apoc. 19:11-21; 2 Tess. 2:8), concluímos que a duração do período mediante é para se achar pelo método supra. Notar-se-á que tomará os mil, duzentos, e sessenta dias, com os quarenta e dois meses, literalmente. Fazemos isto em harmonia com a regra mencionada no nosso último capítulo. Não achamos razão para tomá-lo diferente quer nas passagens mesmas, ou no seu contexto, ou em qualquer outra passagem.
Também sustentamos ser a grande tribulação de sete anos de duração porque a consideramos como sendo a semana de setenta semanas de Daniel (Dan. 9:27).
III. OS HORRORES DESTE PERÍODO
Este período é para ser o “dia” da ira de Deus. Durante este período o Deus, a quem pertence à vingança, vingar-se-á do tratamento que este mundo dispensou ao Seu Filho e aos Seus santos. Ele vingará completamente Seus eleitos (Luc. 18:7; Apoc. 6:9,10). Ele derramará os vasos de Sua ira até as últimas fezes amargas sobre esta terra amaldiçoada de pecado e entenebrecida pelo diabo. A terra será arrancada do diabo e o seu povo dado ao povo de Deus (Mat. 5:5).
IV. SALVAR-SE-Á ALGUÉM DURANTE ESTE PERÍODO?
É isto questão muito controvertida, mas nós inhesitantemente damos uma resposta afirmativa como opinião nossa. No capítulo onze, como já vimos, temos a menção das duas testemunhas de Deus. Como já afirmamos que cremos que estas duas testemunhas profetizarão durante o ínterim entre as duas fases da vinda de Cristo, cremos que elas pregarão o Evangelho e anunciarão o reino milenial, tanto como Cristo e os apóstolos pregaram o Evangelho e anunciaram o reino espiritual (o reino de Deus) e a fase temporal do reino do céu. Não podemos pensar em nenhuma outra mensagem que Deus teria para o mundo durante este período.
E sustentamos que o cento e quarenta e quatro mil judeus de Apoc. 7 serão salvos imediatamente depois do princípio da grande tribulação.
Então, por causa do tempo presente no v. 14, consideramos a multidão em Apoc. 7:9-17 como contendo alguns que são salvos durante este período, e que, tendo sido martirizados ou doutra maneira falecidos, são imediatamente arrebatados ao céu, um tanto segundo a mesma maneira como as duas testemunhas em Apoc. 11:7-12.
Também tomamos as ovelhas no julgamento das nações (Mat. 24:31-46) como o povo que creu e foi salvo durante este período.
Pode ser perguntado como o povo será salvo durante este período. Respondemos que serão salvos exatamente do mesmo modo como todos os outros o foram. Deus nunca teve e jamais terá senão um modo de salvação. Esse um modo é pela graça através da fé. “Mas”, pode alguém dizer, “como pode alguém salvar-se depois que o Espírito Santo foi tirado do mundo?” A resposta é que serão salvos justamente como foram antes do dia de Pentecostes. Durante o período da grande tribulação o Espírito Santo terá acesso ao mundo tanto como Ele teve antes do dia de Pentecostes.
Autor: Thomas Paul Simmons, D.Th.
Digitalização: Daniela Cristina Caetano Pereira dos Santos, 2004
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Um comentário:
os escolhidos de DEUAS dito em mateus pois serao recolhidos dos quatro cantos da terra referi se aos judeus que serao expulso de israel durate a grande tribulçao visto a igreja ja foi arebatada aos ceus. ja os salvos da grande tribulaçao serao osque ovirem ecrerem apregaçao durante a trbulaçao visto que colossences 2.11 dis DEUS envira um espito de para que nao sejao salvo os que jafora salvos
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